No início do mundo
chamado: Mulher
Clareiam-se as águas
Serpenteia
No tempo _ o nascimento de sonhos e,
as primeiras estórias
Animam-se
Envolvem-se num misterioso tecer...
Na noite escura da alma _
pequenas flores recém-brotadas,
Na terra onde os sentimentos vicejam
Outra vez...
Mas cidades escondidas,
ao alcance do
Vento do Desejo
Apenas se pode
Sonhar_ que estejam.
À distância _ mostram-se mais nítidos os contornos do que já fui, sou, serei...
Os meandros que percorri preenchem
Os labirintos enevoados da memória
Lúcida flor que se dá ao calor e ao aguaceiro.
Em noite passada à espera do momento de abrir-se;
há muito já pressentido, ouvindo as conversas do vento.
Exala, então o seu perfume, inebriando a quem passa...
Que desde longe se lança a contemplar-lhe a magia:
Quer se deter, mas não pode, ninguém pode
_ nem a flor, nem a estória; nem o rio, e nem a vida.
Um comentário:
Na noite do início dos tempos nasce um mistério - Mulher...
Claudio
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