Poema, poemas,
precisam de ausências,
Deixar vir o temporal,
que varrerá as rotas das naus
até os limites,
onde a natureza inóspita reina.
Depois abandonar o barco, o lar,
a coragem, tudo.
E encontrar a semente que, como uma pequena luz pulsa,
Surge e desaparece na fenda.
Pacientemente
Deixar penetrar as raízes, na face nua, escarpada e pedregosa.
Até que uma pequena árvore se mostre,
Simples e pura
à dura tarefa de um poeta:
Captar essa luz, o fogo de Prometeu, e cuidar dela.
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